Tuesday, July 27, 2010

Conjunto Ngonguenha - Videoclip do "Tia"

Já está pronto e disponível para a vossa apreciação o video do sigle do Conjunto "Tia".
Podem "assistir" no YouTube ou no Vimeo.



Wakuti é liberdade

Conjunto Ngonguenha e Kompletus

Aló pessoal, na tentativa de alguma forma compensar pelos atrasos que o lançamento foi sofrendo, a Wakuti e o Conjunto juntaram-se à Kompletus que disponibilizará algumas cópias para venda, antes mesmo do lançamento dia 1 de Agosto.
A partir da quarta-feira dia 27 de Julho, o disco estará disponível on line na www.Kompletus.com.
Para efectuar a sua encomenda clique aqui. Aproveite também para explorar os outros produtos que a Kompletus oferece.



Wakuti é tecnologia.

Friday, July 23, 2010

Conjunto Ngonguenha - E a chuva de teasers não para

People da banda, mais um teaser do Conjunto. Curtam.





Wakuti são os teasers.

Thursday, July 22, 2010

Conjunto Ngoguenha - mais um teaser ainda

Los moguitos estão de volta com mais um teaser para a campanha de promoção para o álbum "Nós os do Conjunto".




Wakuti é liberdade.

Wednesday, July 21, 2010

Nós os do Conjunto - PRESS RELEASE

Press Release


Conjunto Ngonguenha prepara-se para lançar no dia 01 de Agosto no Elinga Teatro o seu segundo álbum de originais intitulado “Nós os do Conjunto” inspirado na obra de Luandino Vieira “ Nós os do Maculusso”. Tal como o primeiro álbum, está ambientado na musica angolana sessentista e setentista, com recurso a samples de clássicos da música urbana dessas décadas.
O Conjunto Ngonguenha é um colectivo de Hip-Hop, que retrata de modo satírico a realidade angolana, recorre a toda a cosmologia e tradição angolana para criar retratos sonoros do dia-a-dia do angolano.
O pano de fundo é uma partida de futebol, que é o mote para as mais variadas conversas entre os locutores, o que possibilita introduzir novos temas musicais. Os temas vão desde o regresso de um jovem da diáspora, a condição de permanente sacrifício da mulher angolana ou mesmo as makas que se podem dar no dia do alembamento de um jovem casal.
O grupo procura fazer uma síntese entre o tradicional e o moderno, entre o rural e o urbano, enfatizando sempre a realidade angolana do passado e do presente tentando que essa síntese não apenas filosófica e musical seja também ao nível da descoberta das gerações novas do manancial musical do passado e que as gerações mais velhas encontrem uma valorização de extensa produção cultural do passado.
Influenciados por artistas como os irmãos Ruy e André Mingas, Fela Kuti, Bonga, David Zé, Artur Nunes, Eduardo Paim, Salif Keita, Richard Bona e outros, procuram seguir a linha de construção do afrofuturismo mesclando sonoridades e conceitos filosóficos como se se tratasse da confecção de um copo de ngonguenha na simples matemática de juntar farinha de mandioca, água e açúcar.

Monday, July 19, 2010

Conjunto Ngonguenha - + 1 Teaser

Esses são mesmo incansáveis e não páram de se expôr ao ridículo.
Enfim....





Wakuti é ...

Wednesday, July 14, 2010

Conjunto Ngonguenha - Data de lançamento finalmente !!!



Está garantido.


Dia  1 de Agosto, o lançamento do álbum do Conjunto Ngonguenha, no Elinga Teatro, a partir das 9H00.

Wakuti é alegria

No estúdio com Flagelo Urbano

Pois é malta, mais uma conversa com um artista relevante com ideias a apresentar. Chama-se Oswaldo Capeça mais conhecido por Flagelo Urbano ou Mein Sana in Corpore Sano ou Saint Oficci ou ainda Asilo Clandestino. 

WMO quê que o hip-hop significa para ti?
FUMuitos diriam que é exagero se eu dissesse que o Hip-hop é o ar que respiro, mas esta é a verdade. Hip-hop é o meu equilíbrio, o escape por onde passam as minhas frustrações, medos e sonhos. Para mim o hip-hop é a matriz superior, o hip-hop é o meu Sigmund Freud.
WMComo comparas o hip-hop na altura que começaste e o hip-hop que é feito hoje?
FUA Comparação pode ser feita quer do ponto de vista qualitativo bem como quantitativo. Antigamente havia menos rappers mas muita qualidade e hoje temos mais rappers e pouca qualidade, isto é, hoje temos mais em quantidade e menos em qualidade. Na altura que comecei os manos estavam mais preocupados em informar, dar a informar e formar. Ouvias um som e desde logo sabias quais são os ideais do mano que canta, mas hoje há muita promiscuidade e isso confunde quer o pessoal que nos ouve quer aqueles que querem fazer Rap mas não sabem por onde começar. Claro que hoje temos mais tecnologia e com ela maior qualidade mas a verdade é que a tecnologia tem servido pouco para muitos.
WMO que está a acontecer musicalmente ou artisticamente contigo actualmente
FUNeste momento encontro-me aonde eu sonhei algum dia me encontrar. Os valores que defendo dentro da música estão quase consolidados, cresci muito do ponto de vista da posição que me coloco dentro do movimento, os caminhos porque deve passar a minha música estão bem definidos. Me transformo, transformo a minha música sem comprometer a sua integridade. Por outro lado o lançamento do EP teve um impacto tão forte que fez com que eu entendesse que não cantamos no vazio e que é preciso mais responsabilidade da nossa parte. É preciso forjar um conjunto de valores e princípios que nos devem conduzir enquanto homens e artistas.
WMInfluências musicais e como é que elas se manifestam na tua arte?
FUEssa pergunta é muito difícil de se responder porque com o advento da internet e a relativa acessibilidade aos downloads fez com que eu me viciasse em buscar novas cenas e cada vez mais alternativas. Compro vinís antigos e baixo cenas cada vez mais antigas ainda. Para além do Rap que é o alicerce que sustenta o nosso trabalho eu ouço Jazz, o soul mais tradicional, blues, música africana, bossa nova, samba jazz, world music, nu soul e muitas outras cenas mano. A lista é realmente extensa e acabam de alguma ou de outra forma se manifestando na minha arte porque como produtor uso samples e é para lá aonde vou pegar os sons para samplar, fazer o groove das batidas e sentir como é que cada instrumento se encaixa no conjunto. Já como Mc aprendo sempre com a forma como cada artista constrói os seus temas e de que maneira os aborda.
WMQue importância achas que artistas “conscientes” tem na sociedade? São necessários?
FUEmbora seja as vezes difícil de perceber e enxergar, os artistas “conscientes” desempenham um papel de grande importantância, isto porque a música que fazem representa sempre um contra peso ao “Status quo”. È claro que é apenas um gota de água na imensidão do oceano, mas que sempre produz ou produzirá os seus efeitos na mudança de mentalidade e no modo como algumas pessoas encaram os problemas sociais. Os artistas “conscientes” são também professores que através das suas músicas opinam, orientam, criticam e emancipam. É possível provocar profundas reformas sociais através da música e hoje já podemos sentir que de alguma forma a sociedade se vai paulatinamente abrindo para os discursos que são proferidos pelos artistas “conscientes”. Portanto, os “artistas conscientes” são e sempre serão necessários porque como já disse é necessário um contra peso, uma oposição ao estado de coisas daqueles que vivem ao sabor do seu ego.
WMComo é que achas que é o teu ouvinte? Qual o perfil dele?
FUPara ser honesto não tenho estabelecido qualquer perfil relativamente as pessoas que ouvem a minha cena. Eu apenas escrevo e espero que quem ouvir o som se identifique com ele. Eu acredito que tenho ouvintes dos mais variados estratos sociais, porque a experiência me tem mostrado isso. E acredito também, que isso é muito positivo porque universaliza o meu som.
WMComo descreverias os actual estado do hip hop em Angola actualmente?
FUEncaro com alguma tristeza porque há uma certa desigualdade do ponto de vista da evolução. Na minha maneira de ver os produtores cresceram mais tecnicamente que os mcs, os Djs continuam na cauda e não há grande esforço para termos “Djs” como tal. Embora tenhamos alguns b-boys ainda estamos longe de alcançar grandes progressos nessa área. Mas a verdade é que muita coisa mudou para melhor se compararmos com o movimento que tínhamos a 5 ou 6 anos atrás.
WMO que tens ouvido mais recentemente?
FURecentemente tenho ouvido Maria Gadú, Lenine, Otto, Adão Negro, Dodó Miranda, Dwelle, Kafala Brothers, Ponto de Equilibrio, Teta Lando, Rui Mingas, André Mingas, Gabriel Tchiema, Nach, Racionais Mcs , Conjunto Ngonguenha, Parteum, Mariza Monte, Mariza (Fadista), Camené, Carlos do Carmo, Dealema, Cilvaringz, Nokas, epa mano  tenho ouvido muitas coisas boas, mas desde já fica com essas cenas....

WMO que aconteceu primeiro? Produção ou MC?
FUPrimeiro veio o Mc lá para finais de 1994 em Benguela, e apenas em 2003 comecei a brincar de produzir. Acho que o bichinho já lá estava adormecido e só precisava ser acordado.
WMPara quem já produziu?
FUComo dizem os nossos manos brasucas, já produzi para uma par de manos (risos), dentre eles destacam-se artistas como Mc K, Phay Grande, Kid Mc, San Caleia, Guillhotina Verbal, Tião Mc, Brigadeiro Matafrakuxz, Dnexl, Kota Seba, Spike, Mona Dialla, Krhomiko, Mono e Arséniko.
WMProjectos de música para o futuro.
FUNeste momento estou a finalizar o “Projecto Reunir”, um álbum que tem como objectivo central homenagear aquela que em vida foi uma das figuras mais emblemáticas da música Angolana, falo de Teta Lando. Neste projecto vamos apenas usar samples das suas músicas e ainda não há previsão para a sua saída. Estou a trabalhar também na compilação “Rap de Kintal”, uma compilação que pretende trazer artistas novos de meses em meses e espero também poder tirar o meu álbum ainda este ano que também já se encontra na fase final.

Saturday, July 10, 2010

Blog do Uíge Cêntrico

Opinião deste blog sobre os discos de "rap consciente" aonde são mencionados os nossos Keita e Leonardo. Curtam a cena aqui.

Wakuti é liberdade.

Friday, July 9, 2010

Conjunto Ngonguenha - Os discos

Recebemos esta tarde a informação de que as tão aguardadas cópias chegaram finalmente à Nguimbi, terra dos famigerados elementos desse Conjunto. Já faltou mais, obrigado pelo carinho e paciência de todos vocês.


Wakuti é alegria

Conjunto Ngonguenha - Teaser do TIA

O Conjunto Ngonguenha mais a sua equipa de idiotas da TV Ngonguenha tem o orgulho de vos apresentar um teaser do video "Tia", do nosso disco "Nós os do Conjunto", que está a ser realizado por nós e editado em Lisboa pela "Muggen Collective". O video ainda não tem uma data definida de lançamento mas acontecerá nos primeiros dias de Agosto.




Sempre a considerar,
Wakuti.

Thursday, July 1, 2010

Conjunto Ngonguenha - Tacklist e comentários


Bom dia pessoal, enquanto o lobo não vem, mais uns detalhes sórdidos da que será o NÓS OS DO CONJUNTO:
Chamada – quem ainda se lembra do Mamborró, sucesso adolescente dos anos 80 e o seu grito de guerra “...quem é aquele que vem ai?” ai vêm os membros do Conjunto no seu segundo CD, a deslizar na voz do Mamborró “…. Quando eu passo pelas ruas as crianças berram: quem é aquele que vem ai?”.
Dia de aulas – A ideia desse som foi das primeiras a aparecer quando pensamos em fazer um segundo disco, o Leonardo já tinha a letra dele a algum tempo assim como o Zé Bolinho por isso foi simples misturar a água e o azeite. É mesmo só aquele relato de outro dia chato de aulas em que todos só queremos fugar, fugir, dormir... qualquer outra coisa, menos estar na sala de aulas.
Kibidi (a lenda do caixão vazio) – Esse som até chegar a historia do Caixão vazio demorou, primeiro era uma investigação privada do Sr. Jaime Bunda, mas acabamos por tornar o mambo mais simples, caixão vazio aparece na escola no último tempo... Correr ou correr... Mais nada, wís que se mijaram de medo, colegas que caíram no cocó... o sample com bastante Groove é da música N'zambi do André Mingas.
Sorriso angolano – a ideia deste som partiu do beat, o Conductor já tinha mostrado o instrumental a algum tempo e decidimos logo de primeira usar no disco, o original tinha um sample da música do André Mingas mas acabamos por decidir ter o Leonardo a reinterpretar o mambo. Cada um fala daquele sorriso que ta a faltar na cara de muitas pessoas pra podermos nos sentir mais "patrioticamente angolanos". Edu-ZP fez as honras e deu uma visão diferente ao sorriso angolano...
Vou te queixar - esta ideia partiu do nguimbola do grupo, Mayanda, que falou da letra praí umas 15 vezes antes sequer se termos lido a parte dele. O Conductor tinha lá um beat com sample do Totó (eu vou…) e decidimos misturar o trigo e o joio, a princípio tinha o sample do totó mas acabamos por usar as vozes dos putos que fizeram a intro do disco. O mambo é simples, vocês andam a dar cabo do país, por isso vamos vos queixar... tipo criança mesmo... vou te queixar!!!
Medo do regresso – a ideia deste som partiu de um e-mail que recebemos no myspace (broda esqueci o teu nome e alguém apagou o teu mail da caixa de correio) a perguntar se podíamos fazer um tema a falar dos jovens que regressam a banda e encontram tudo diferente do que tinham em mente... o Conductor só se meteu na pele do rapaz que tem medo de voltar (porque ele tem mesmo medo) e o Mayanda e o Leonardo tomam 2 opiniões diferentes sobre o regresso.... Este som já passou por uns 3 beats diferentes, (um com guitarra do Papá Juju dos Terrakota, outro com um coro do disco do Rhymman), mas quando pensamos no tema entrava mais na onda ter um sample africano meio triste e uma voz angolanamente sensual.... Kanda fez as honras e está tipo Salif Keita da banda...
Kem manda mais fuma – já tínhamos em mente fazer um novo som com a interface televisiva do primeiro disco de volta (Ecos e Factor) a ideia partiu do famoso programa Janela Aberta da TPA onde Bento Kangamba e o Riquinho mediram forças ao vivo e debruçaram-se sobre a seguinte questão:   quem tem e como se gasta mais dinheiro. Ai, apenas  anunciamos o retorno da excelentíssima Sandra Tritritri, após algum tempo de ausência... 2 convidados (Azhar e Muginga) a falar de como se gasta dinheiro na actualidade angolana...
Namorada do Conjunto – a ideia deste foi do Ikonoklasta, tudo começou com os kambas no clube a tchillar e a falar das damas que já pincelaram... a reviravolta é quando descobrem que afinal todos namoram a mesma dama… saiu confusão. O Conductor pegou no sample dos Jovens do Prenda da música "Namorada do Conjunto" e convidamos o Legalize para reinterpretar o coro, a Petty fez de moça direita e nos deu carga.
Julieu e Rometa – este som fazia todo o sentido por no disco porque tanto o Joel, o Kapa e o Leonardo tinham umas histórias interessantes sobre os pedidos que o people andava a fazer na banda. Decidimos então distribuir tarefas, noivo (Ikonoklasta), noiva (Isa Tchissola), tio do Sul (Mc Kapa), tio do Norte (Leonardo) e para finalizar o tema como deve de ser... no refrão o grande Keita Mayanda reinterpreta os Irmãos Kafala... Querem mais quê???!?!?!?!?
Tia – uma homenagem as nossas tias, tanto a da esquina, como a da limpeza, a que vende kitaba, a que vende pincho, a todas elas. O som partiu do beat do Conductor com o sample do Artur Nunes, o próprio Artur Nunes mais o Legalize no refrão a por muamba de jinguba nos nossos ouvidos.
Tou a falar pra ti - a ideia deste som é falar da forma como os imigrantes tem desrespeitado as tradições e o próprio angolano, principalmente nos últimos anos. Há uma nova vaga de imigração e decidimos abordar um coxe o assunto, atirando algumas preocupações ao ar para ver se o pessoal consegue abrir um pouco mais o olho. O beat tem  aquele tom de rebita misturada com sungura e decidimos explorar o contraste entre a alegria do beat e  uma letra mais séria e menos focada na dança.
Ninguém Nos Sungura – No verão de 2007, o McK passou por Lisboa e curtiu muito desse instrumental, fez o coro quase instantaneamente, na altura gravamos a ideia e decidimos mandar um propz aos zairenses que influenciaram tanto a música angolana. O primeiro a escrever foi o Leonardo, logo a seguir foi o Conductor (o wí do cabelo mais bonito mas que está a ficar careca) e a seguir o Mayanda fechou o brinde... É basicamente um som de ego-tripping à la Ngonguenha, é como se o  Kanguei o Maiki, tivesse ressurgido em Kinshasa.